BRISAS


Apenas uma brisa vaga em torno
do corpo de nós dois, na tarde finda.
O amor acontecido, ainda morno,
espera o tempo para amar ainda.

Teu ventre, de veludo no contorno,
desperta a cupidez, faz-te mais linda.
Suspiros de desejos e o transtorno
das horas do momento que termina.

Agora somos vultos, nada mais.
Afasta-se do eterno o sonho tredo,
volta o barco das brisas para o cais.

Perecimento da paixão. O medo
das estrelas cadentes terminais,
quando o amor veste chama e apaga cedo.

Odir, de passagem