ALMA GÊMEA
Sonho... Ternura... Você...
Alma gêmea... Ah, doce alma!
Onde estivera nestes longos anos,
Nos quais vivi à mercê?
Distante, só... Em braços sem mãos
Minh´alma em distintas calçadas
Vagara noite e dia na escuridão
E, enfim, uma luz, um clarão.
E fios de vida que urdi sonhando
Iluminam-se com teus olhos nos meus
Do perfil que desenhei, retrato teu.
Não me sai da lembrança
A luz que me trouxera tão mansa
E o soar da tua voz – voz da esperança.
(Áurea Nunes)