Copacabana
Copacabana, como sois bonita!
Na praia sensual, na areia quente,
O coração do mar geme e palpita,
Recua e avança delirantemente...
Um pouco além a serra ondula e alteia!
A tarde agonizante me entristece...
E enquanto surge, além, a lua cheia,
ruborizado o sol desaparece...
É vasto o céu!... A solidão é vasta!...
É grandioso tudo e se contrasta
Com minha pequenez, com meu olhar,
Meu pobre olhar que mal divisa os montes!
Que estreitos vê os largos horizontes
E a silhueta da serra do mar!...
Escrito em julho de 1962.