Zé-ninguém

“Ai, a vida passa e se encaminha ao fim

Os dias me consomem e acabam à toa

que eu te tenha perto, ah! comida boa

e encha minha pança com um talharim

ah que fome atroz o que será de mim?

rói as entranhas, destrói e atordoa

a honra desaparecida, que a dor coroa,

sensação aguda, ser um Zé-ninguém.”“.

Mas de Zés-ninguéns também se faz a vida

seja na cidade ou no campo feroz

é gente que não vale nem sabe ter voz

e que do meio deles surge o salvador

um herói do povo que ama e tem valor

dessa gente que hoje vai despercebida.