Lago de Brasília

Disse um poeta do teu vão receio
De ver-se um dia abandonado e triste,
Por ela que nasceu quando surgiste,
Ambos trazendo o mesmo sonho e anseio...

Cresceste logo. Adulto és, então
E temes que Brasília - essa criança -,
Que os céus almeja e para o alto avança,
Esqueça o lago a dormitar no chão...

Não tens por que temer. Fica tranquilo,
Tu dás à tua amada encanto e estilo
E nela a gratidão fala bem alto.

Ambos nasceram para ser amados!
Unidos viverão nos descampados!
Na solidão imensa do planalto!...


Escrito em julho de 1964
Antonio Lycério Pompeo de Barros
Enviado por Antonio Lycério Pompeo de Barros em 16/11/2008
Reeditado em 28/06/2017
Código do texto: T1287182
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.