SONETO DO NAVIO
O Sol estende seu vasto lençol dourado
Por sobre a areia, noiva de veste branca
E em minha alma há um navio ancorado
Cuja âncora, nem a força universal arranca;
É um navio que guarda uma ânsia imensa
De abarcar toda magia que há em mim,
Coberta por um nimbo de nuvem suspensa
Tão imensa que parece não mais ter fim!
E no carrossel de fantasias em que me vejo
Tudo o que mais quero e o que mais desejo
É ver meu navio navegando no mar, ao léu!
Quando esta ânsia que se tornou loucura
Findar no perdido olhar de quem procura
Uma estrela brilhante no infinito céu!
Goiânia-GO, 16 de novembro de 2008
SIRLEY VIEIRA ALVES