ESPERANÇA PERDIDA
Ao ver-te o semblante meigo e puro,
teus olhos que transmitem toda a paz,
tomo-me de paixão cada vez mais,
mesmo sem perspectiva e no escuro.
Serás pra sempre uma ilusão perdida,
em sonhos doces a povoar meu ser,
quando durmo durante o anoitecer,
no devaneio a me sentir querida.
Tu fostes a parte boa desta vida,
alegria que enfeitava os dias meus.
Recordo-te em forma de saudade.
Nada espero,a esperança esvaída,
cheguei tarde,quando fitei os olhos teus.
Sou a outra.Triste sina,que crueldade!
Belo Soneto do Poeta Oklima.Muito grata,amigo.
ESPERANÇA AZUL
Soneto, que te faço em mim presente,
por que, descompassando-me nas cores,
não te gerei plangências dos pintores
irisadas de azul, de azul somente?
Por que, soneto, não te fiz argüente
das gradações azuis, desses valores,
que tributo ao reduto dos alvores
festejantes do azul celipotente?
Porque, soneto, o azul não mais alcanças
em teus versos, então, haja mudanças
nos poetas do amor, de norte ao sul,
para que, no presente das lembranças,
as musas, que mourejam esperanças,
tenham nuanças de esperança azul.
Odir,de passagem,renascendo esperanças à Elen Nunes.
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