Senhor comendador, beijo-lhe as mãos
Senhor comendador, beijo-lhe as mãos,
E peço o obséquio de ler este soneto
Que intento com a gana de um cão,
Que ousa vir conspurcar o seu coreto,
Mas que o faz com a melhor da intenção,
A de compor com brilho de escritor
As silabas mágicas, contadas a’ perfeição,
Ate dispor de um trunfo animador.
Pois é, às vezes erro e sou otário,
Os meus heróicos lembram a covardia,
A rima pobre e a métrica inexistente,
O ritmo bangalafumenga dos insolentes...
Pois o senhor leia e com sua picardia,
Pode caprichar no seu comentário.