Litúrgico Luciferiano

A estátua antiga do anjo lapidado

Perfeito outrora e agora decadente

Mostra a posteridade do presente

Cuja concomitante arte há passado.

O dramático baixo de tom grave

A sós na catedral do mestre-mor

Canta a música sacra em bel-menor

Composição nocturna em solar clave.

Quiméricos espectros do grande-órgão

Inscritos na imponente liturgia

Ao exício ser divino do infante órfão.

Da igreja silenciosa e entristecida

Lembro-me da quão fúnebre e sombria

Lápide em que se havia mui mais vida.

(Angellus Lendarious)

Poeta Lendário
Enviado por Poeta Lendário em 10/11/2008
Reeditado em 27/02/2023
Código do texto: T1275690
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