Litúrgico Luciferiano
A estátua antiga do anjo lapidado
Perfeito outrora e agora decadente
Mostra a posteridade do presente
Cuja concomitante arte há passado.
O dramático baixo de tom grave
A sós na catedral do mestre-mor
Canta a música sacra em bel-menor
Composição nocturna em solar clave.
Quiméricos espectros do grande-órgão
Inscritos na imponente liturgia
Ao exício ser divino do infante órfão.
Da igreja silenciosa e entristecida
Lembro-me da quão fúnebre e sombria
Lápide em que se havia mui mais vida.
(Angellus Lendarious)