Soneto Escarlate

As ondas rubras quebram em teus ombros

Em quedas, cascatas de vermelhidão que ecoam em teus ouvidos

Entre meus dedos, eu colho a umidade, o veludo e o perfume

Desses cabelos quais medusa, vivos

Ao vento, cachos rebeldes dançam

Roçam a pele levemente, carinho quase desafio

Pois o teu toque, é de eriçar os sentidos

E o teu cheiro é capaz de entorpecer os que amam

Fortes e viçosos, presos, asas de corvos

Em que seguro com força para puxar

Impiedoso trazendo o teu corpo inteiro para trás

Desse sagitário são as rédeas que cavalgo

E, no fim, quando ambos estivermos aniquilados

São debaixo dos caracóis carmim que eu vou me aninhar

José Rodolfo Klimek Depetris Machado
Enviado por José Rodolfo Klimek Depetris Machado em 09/11/2008
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