Soneto do pesar
Quando tu perdes um amigo em vida
Não perdes apenas uma pessoa
Roubam-te parte da alma empedernida
Que em tantas outras pessoas buscou-a
Essa eternidade, ladra assumida
Faz-te da alma uma rocha que esbroa
Rouba amigos da boêmia querida
E farta da sua alma até que enjoa
E dessa sua alma que era montanha
Nada mais é que pedriscos na areia
Espalhadas por mil dores estranhas
Pelos lábios etéreos da lua cheia
Percas alguém de amizade tamanha
Pois mais uma estrela o celeste ganha!
Leo Ramos
25/09/2008