Soneto do pesar

Quando tu perdes um amigo em vida

Não perdes apenas uma pessoa

Roubam-te parte da alma empedernida

Que em tantas outras pessoas buscou-a

Essa eternidade, ladra assumida

Faz-te da alma uma rocha que esbroa

Rouba amigos da boêmia querida

E farta da sua alma até que enjoa

E dessa sua alma que era montanha

Nada mais é que pedriscos na areia

Espalhadas por mil dores estranhas

Pelos lábios etéreos da lua cheia

Percas alguém de amizade tamanha

Pois mais uma estrela o celeste ganha!

Leo Ramos

25/09/2008

Leo Ramos
Enviado por Leo Ramos em 07/11/2008
Reeditado em 07/11/2008
Código do texto: T1271183
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