AMOR E ÓDIO

Por que o amor é algo tão insólito?

Não respeita nenhuma regra da razão

Falácia enternecida para o coração

Quisera meu amor ver transformado em ódio!

Assim, execraria de mim a ilusão

Capsiosamente à minh’alma imputada.

Pela musa, por mim tornada idolatrada.

Qual quimera e devaneio da percepção.

Enternecidos com a beleza dos atores

Imiscuímo-nos na comédia apresentada

Neste palco da vida e da cilada.

O logro fácil das formas e palavras

Levam-nos fatalmente a tão sutil engano,

Finda a peça. Do palco cai o pano!

22.03.2006

Tadeu Costa
Enviado por Tadeu Costa em 22/03/2006
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