DISTANTE
(meu primeiro soneto)

Quando fui concebido eu já sabia
Tempo vão, não importaria o quanto
Escrito estava eu sei, te amaria
E quando arrebatou foi puro encanto

Desses assim sibilando alegria!
Duas vozes entoando um só canto
Dois corações abrigados - recanto!
Então pra sempre eu soube, amar-te-ia

Mas que sina a nossa, angustiante
Do amor recíproco fez-se o dilema
Pois que te amo a cada arfar, gritante!

Mas não sou eu diretor desta cena
Virei platéia, a amar-te distante
Sim, mas aceito esperar-te não tema!