Cinzas do vinho
De mais um trago
Absorvo esta chaga
Que em meu peito apago
Fio cortante da adaga
Sangue negro de um mago
Névoa sublime que apaga
Vem, oferece tua sangria
Que de um cálice transborda
Das profundezas a alegria
Em mais um sonho não acorda
As cinzas tocam o chão
Teu sangue não mais goteja
Acabou-se outra ilusão
A taça de tua peleja.