DO AMAR, O PECADO!
A cumplicidade, tão nossa, devasso
Pois, sucumbi ante o rótulo dissoluto!
Afronta ao sentimento terno e impoluto
Lançado no lodo do respeito escasso!
Sem a compaixão ou vaidade refaço
Os passos dum querer fortuito e absoluto
Ardil a transformar escárnio em tributo
E símbolo da loucura e descompasso!
Soberana senhora dos mil percalços!
Sou amante desamada... fútil rainha
Estrela no céu... cintilante e sozinha
Bailando toda a noite com pés descalços!
Razão dos teus atalhos... vis embaraços
Luzindo a mágoa... contida na entrelinha!