AMOR PERJURO

AMOR PERJURO

Romper a jura da paixão que ainda vibra

calar o amor que pelo amor ainda suplica

é lacerar com um punhal, fibra por fibra,

o aflito coração que n’alma ainda se agita...

Infringir à inocência as dores da desdita

com as torpes injúrias da aleivosa intriga

é como amordaçar o amor que ainda grita

pela justiça de um perdão que me castiga...

Compassiva missão das almas pertencidas

a minha de encontrar entre aves foragidas

a que levou minha canção do entardecer...

Jamais, porém, vou destinar meu coração

às demandas do amor extinto sem perdão

malgrado o êxtase de amar sem padecer...

A. Estebanez

Afonso Estebanez
Enviado por Afonso Estebanez em 27/10/2008
Código do texto: T1250054
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