A MENININHA
Sob a cândida quimera os pés balançam
Levados pela brisa ao cair das tardes!
Em intangíveis vôos no céu se lançam
Sem enxergar ao redor as frias grades!
Sequer os fundos e tristes olhos cansam
De ignorar renúncias duras e covardes!
Sepultam as nódoas... irrequietos dançam
Regados num vasto fulgor de saudades!
E se acaso rompe o véu da realidade
Por entre os versos escapa e se oculta
A menina arde em plena intensidade
Mas, a dor jamais vergará como adulta!
Importará ser refém da leviandade
Quando sonhar... é a decisão resoluta?