QUANDO NOVEMBRO VIER
E o vento embalar, no terraço, os cristais
Prenúncio tímido de mais um inverno!
Água e ruas, úmidas, num beijo terno
Selando o encontro das forças imortais!
Pueril essência, como do mar, os vendavais...
Traz à alegria o convívio fraterno
Unindo-se ao pesar íntimo ou externo:
Solidão insigne das virtudes marginais!
Sereno novembro e os seus tristes madrigais
Compostos ao rítmico cair da chuva!
No sentimento é qual da mão a luva
Sincronia entre calmaria e temporais!
E da foz dos rios amplos aluviais
Luminescência que aos poucos enviúva!