Se eu pudesse...

Se eu pudesse...

Quero amar-te, se eu pudesse tanto

Como inspira a musa do meu canto

Como o mar pisa as praias d’espuma

Batendo os grãos de areia uma a uma

Por esse largo mar, desconhecido

Aonde do mundo já desiludido

Qual grão de areia sem liberdade

Clamo o teu amor por piedade

No desconhecido e negro ocaso

Cai a noite em mim crepuscular

Qual flor sem água murcha no vaso

Murcho eu, nesta vida sem amor

Outra vontade em mim a disparar

Não conhecer-te, seria o melhor !

São Paulo, 24 de outubro de 2008

Armando A. C. Garcia

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