MANDALA

Os teus olhares seguem em segredo

Aonde alcança o mar o proibido

Entrevistos espelhos que são medo

Afligem tua insânia, amor contido

Cenários te conduzem a engano ledo

Nas cores do desejo pervertido

Em que o mistério cede à voz mais cedo

Aquela voz mais forte e sem sentido

O meu querer é outro, é previsto

No foro expresso d’alma se regala

E se distrai enquanto o resto é quisto

Inúmeras quimeras de uma escala

Acordes dissonantes do imprevisto

Um coração quiçá feito mandala

Miguel Eduardo Gonçalves
Enviado por Miguel Eduardo Gonçalves em 17/03/2006
Reeditado em 23/09/2009
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