Sozinho
João Geraldo Orzenn Mattozo
(aprendiz parnanguara)


Se não pudermos confiar em outros,
Seremos sós na vida... Indiferentes
Serão nossos olhares e desencontros,
Só nos trarão dores fortes, latentes.

Seremos como velas sem mastros,
Sem desfraldar-se, seremos carentes
Dos ventos do amor, sem deixar rastros,
Sem sentir o poder das brisas quentes.

Nascemos sós e assim morreremos,
Aqui e acolá, até nos encontraremos,
Olhares em flertes, amor nas estranhas.

Na verdade, homens vivem de artimanhas,
São falsos e fugazes como o vento...
Permanecem sós, sem nenhum alento.

 
25/10/2008 01:24 - Marúcia Herculano
Doeu o teu soneto em minha alma! Lindo, forte, reflexivo... quase um desabafo! Recheado de um talento e inspiração enormes e posso ver pela quantidade e qualidade dos textos que escrevestes nesses últimos dias! Porém, de uma dor tão pujante e melancólica que encontra ressonância em meu coração! Desejo, entretanto, que seja licença poética e não um estado de espírito! Embora nascer e morrer sozinhos tenha um simbolismo profundo; foram agraciados com a oportunidade de interargir, amar e sermos amados, aprender nas vitórias e derrotas. E confiar... é possível confiar mesmo correndo o risco da decepção; porém, o que seria da existência se não fossemos capazes de ousar? um beijo terno!
Geraldo Mattozo
Enviado por Geraldo Mattozo em 23/10/2008
Reeditado em 04/09/2018
Código do texto: T1244884
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