VEM...
Vem, que te quero amar o amor que canto
em noite de luar, de mar sereno.
Vem mais cedo ou mais tarde, vem, no entanto,
enquanto o vento voga mais ameno.
A tua espera estou, não tardes tanto!
O verdejar da vida versa enceno.
A saudade de ti supera o pranto
e faz-se espera, de esperar pequeno.
Vem, que te quero amar no amor guardado.
A minha voz ao vento vem passado,
nas cantigas e prosas do presente.
De sonhos a sonhar todo adornado,
vem que te espero em verso serenado
nas águas onde corre o amor da gente.