NO EXÍLIO
Tua ausência dilacera.
Aqui, desse mar à frente,
qualquer pedaço de espera
inferniza a minha mente.
Longe, tu estás presente,
constante em minha quimera.
Todo o meu ser te pressente
a cada instante de espera.
Falar-te agora - que ânsia!
Quisera tanto abraçar-te,
externar meu pensamento.
Exilado na distância,
em versos simples (sem arte),
eu te tateio no vento.
(Pecém, 02/11/1985)
Fort., 23/10/2008