NONA ROSA DE DELOS
NONA ROSA DE DELOS
O que se diz do adeus do pôr-do-sol
se amanhã de manhã ele é alvorada
transcendente das cinzas do arrebol
aos meus dias de aurora restaurada.
E não se fala em bruma sem o farol
de teus olhos de estrela despertada
entre as nuvens dobradas do lençol
de tua alma de aurora reencarnada.
Que me encante a ventura de viver
das venturas constantes de morrer
sem o tédio da espera em que vivi.
Agora estou aqui como uma quilha
de algum barco de brisa nesta ilha
entre a rosa e o jardim onde morri.
Afonso Estebanez
(Out.20.2008)