NONA ROSA DE DELOS

NONA ROSA DE DELOS

O que se diz do adeus do pôr-do-sol

se amanhã de manhã ele é alvorada

transcendente das cinzas do arrebol

aos meus dias de aurora restaurada.

E não se fala em bruma sem o farol

de teus olhos de estrela despertada

entre as nuvens dobradas do lençol

de tua alma de aurora reencarnada.

Que me encante a ventura de viver

das venturas constantes de morrer

sem o tédio da espera em que vivi.

Agora estou aqui como uma quilha

de algum barco de brisa nesta ilha

entre a rosa e o jardim onde morri.

Afonso Estebanez

(Out.20.2008)

Afonso Estebanez
Enviado por Afonso Estebanez em 22/10/2008
Código do texto: T1242887
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