AVES DE RAPINA

 

Dizer que sou triste é infame a verdade

Tão pouco sou a imagem do contentamento

Revolta-me, por vezes, esta sociedade,

A qual me causa tanto estranhamento.

 

Tantos valores desviados por vil vaidade

Num mundo acabrunhado em seu tormento.

E os príncipes que reinam com maldade

Entre os frágeis de espírito e pensamento.

 

Sim, esta crueldade crescente rouba-me a paz

E Sonho com outrora, onde ainda não se via

A crueldade atacar sem dó a cada esquina.

 

Não sou triste nem tão pouco sou capaz

De cegar-me em devaneios e seguir à revelia

Somos vítimas perfeitas das aves de rapina.

Daniele Dallavecchia
Enviado por Daniele Dallavecchia em 22/10/2008
Reeditado em 21/08/2010
Código do texto: T1242453