Soneto sem sentido
Seguindo o insano caminho por qual me arrasto.
Dirijo o olhar aos céus clamando justiça.
A morte, sombria dama, minh´alma cobiça.
Rapidamente alcança o ponto de onde me afasto.
Na busca incessante deste horizonte nefasto.
Tento lembrar-me afoito o porque da liça.
E antes que dos abutres vire eu carniça.
Procuro sobreviver neste deserto vasto.
Os olhos já ressecados e os pés em brasa.
A pele encardida, muito queimada de sol.
Viro-me para trás, não vejo o caminho de casa.
Olho para o horizonte, não vejo nenhum farol!
Venha anjo da morte, abraça-me com tua asa.
Acaba logo com isso ! Já nem sei mais o que sou.