Soneto do endividado
Aquele pobre coitado
Deitado em seu ataúde
Como foi ele morrer
Vendendo tanta saúde?
Correndo atrás das contas
Sem perder a esperança
De tirar a sorte grande
Viver dias de bonança
Sempre sonhando na vida
Atravessou a avenida
Sem para os lados olhar
Não ganhou na loteria
Mas enfim chegou o dia
Sem contas para pagar