VOLÚPIA
A chama de teu tempo chega a mim
e meu sêmen preenche o teu espaço,
acolhendo-te a fome em meu abraço,
durante o gozo, do começo ao fim.
Forjamos sonhos, sensuais assim,
enquanto no teu ventre me entrelaço.
O bem e o mal me fazes, e eu me engraço
da tua carne às copas de carmim.
Do cio no final, para que gemas,
aperto-te em meus braços e nas pernas,
como se fossem sensuais algemas.
Dirijo-te no ato e me governas
na volúpia dos gozos dos poemas,
no coquetel das convulsões eternas.
Odir, de passagem