CONHECER-TE, Ó FILOSOFIA

 

                                              Brasília, 20 /10/2008



Engolfado no meu sonho adentro

Minha espádua o atravessa a entranha

Empertigo-me na forma e centro

Não fustigar-me a conseguir a manha



De toda a idéia, a fantasia ingente

A perscrutar-te e enamorar num flerte

Na tua luz a descobrir-me a mente

Vejo assomar ao mundo conhecer-te



Como um punhal afliges minh'ilharga

Ao desvendar-te, ó filosofia

Do paradoxo não suporto a carga



E tergiverso nessa dor sombria

Em não saber-te vejo a vida amarga

Mas em saber-te a vida me excrucia

Roberto Dourado
Enviado por Roberto Dourado em 20/10/2008
Código do texto: T1238207
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.