ORA, OS PAIS!

Filhos que os pais desprezam, lá são filhos!...

Há-os, tantos, contudo, nesta vida...

Enquanto os pais são novos, trem nos trilhos,

a família faz sol, se for unida.

Mais tarde, a vida roda, roda-viva,

toda a leva dos filhos bate a asa...

Então, controem prole, que os cativa

e os velhos pais hibernam sós em casa.

A pedra que nos doi vem de um jornal...

Um libelo constata o canalhismo

de filhos, bastantes filhos, tão ingratos.

Pois, enfim, um placar descomunal:

só por simples burrice de estrabismo,

nos asilos, velhinhos como ratos.

Fort., 20/10/2008

Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 20/10/2008
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