SAUDADES DO VINÍCIUS

Tantos lustros sem ti doem demais!...

Vinícius, mesmo as musas, quem diria,

te pranteiam, Vinícius de Moraes,

sentem falta da tua poesia.

Lá, do barco do teu celeste cais,

hás de ainda cantar com harmonia

os teus ais de ternura, amor e paz,

pois na lira teceste o dia a dia.

Então, aqui, o teu mundão de fãs,

saudoso, e do Brasil de igual tamanho,

vai da vida te pôr à cumeeira,

a cada aurota, todas as manhãs:

e aí, poeta, sempre, o melhor ganho

é ter-te ao som, reler-te a obra inteira.

Fort., 19/10/2008

Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 19/10/2008
Reeditado em 05/05/2014
Código do texto: T1236148
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