FATAL
Me apraz em meio à noite contemplar
Por entre o vaporoso do perfume
Teu seio que me pisca vaga-lume
E os olhos vão pousando a vacilar
Aonde irão as mãos se demorar
Porque entregue de sede e muito ardume
Teu corpo não se furta do queixume
Da febre do desejo o despertar
Um frêmito contrai a calma face
E um líquido de mim rebenta em gotas
Qual vindo de penhascos se derrama
Te deixa uma amazona que sonhasse
Galgar essa cadência só de botas
E fosse assim vestida para a cama