Soneto do renascimento
Com o simples sopro do vento
Desprendeu-se da ponta do galho
Bailou no ar uns momentos
E prostou-se numa cama de orvalho
Para não sucumbir a dor
Tinha um sonho que acalentava
Transformar-se numa linda flor
(A flor é uma folha transformada)
Que sabe um dia ainda possa
Depois do corpo apodrecido
Numa nojenta e fétida fossa
Ressuscitar para uma nova vida
Renascer no corpo de uma flor
Com a essência limpa e redimida