EFÊMERO SOTEROPOLITANO
minhas canções que canto quando escrevo
são meras linhas de amor sem dor e arte
são quatro folhas verdes de um trevo
não são os cravos aí por toda parte.
nos versos livres, levo o meu enlevo
falo de ti como a querer guardar-te
no meu sussurro, vento, a ele eu devo
o meu chegar - chegar de quem já parte
brisa meu verso em teus cabelos cheios
com sonhos loucos que roubei da neve
em tempos bons enquanto havia anseios.
guarda contigo, do meu canto leve
o meu calor que te aquece os seios
oh! amor, esquece - só a vida é breve...