Eia Zumbi!
Eia Zumbi! grande rei dos Palmares,
Que adora seu chão, da senzala quizila.
Eia Zumbi! vá sentir novos ares,
Fuja da dor, a chibata aniquila.
Há pelourinhos em vários lugares,
Onde a tristeza do banzo assimila.
Os Moçambiques, os Madagascares,
Aqui no Brasil reduziram-se em vilas.
Ter liberdade e não ter direito,
É continuar numa vida cruel.
Eia Zumbi! tire a dor deste peito,
Porque, do Quilombo, tu és menestrel.
E a razão deste grave defeito,
Veio das mãos da Princesa Izabel.