escrita/ Abra a Janela
Mais um domingo frio e não consigo
fazer um poema hostil de amor
dia esquesito em minha Camela
cai a chuva mui fina na primeira
semana ridícula ao mês de julho
meu quintal desenhado ao mar molhado
meu coração enxuto apaixonado
música de um pássaro ao fundo escuto
e a janela fechada nesse escuro
oh meus olhos não contemplam a pétala
da rosa feliz por ter ganho um beijo
do beija-flor nesse rápido estio
nisso o soneto abre a janela azul
e a felicidade entra no meu quarto