(Soneto n. 11)
Rêverie
pinta, em magia e devaneio, a noite fria
e deixa-me essa dor, madura herança.
Silvia Regina Costa Lima
12 de outubro de 2008
Rêverie
Rever agora, em bem doce lembrança,
tudo o que me restou daquela alegria
pinta, em magia e devaneio, a noite fria
e deixa-me essa dor, madura herança.
Hoje, que eu não sou mais uma criança,
pesa-me talvez a viuvez, e essa letargia
machuca-me a carne em sensação vazia,
machuca-me a Alma em dor que trança.
Há o silêncio de estranhas dimensões,
recordação que se faz muito presente,
arrastando as minhas antigas emoções
No entanto, tudo passa ... tudo escorre.
É só sonho recorrente (de antigamente)
se faz-me febre, breve some, breve morre.
Silvia Regina Costa Lima
12 de outubro de 2008