O Mar e a Estrela!
Não!... Não te ouço em teu perpetuo silenciar
Minhas entranhas clamam, surdas, um aceno
Teu brilho assume a noite em meu olhar
E a melodia invade meu imenso ser pequeno
Ah!... Rarefeita imensidão que me apavora...
Junto a ti me transporta a lente do oceano
Nesse lúgubre desejo que a distancia devora
Vai alada porfia, vai soar meu desengano.
Vento amigo te peço, ajoelha-te em calmaria
E a ti nuvem bendita, vá um cadinho pro lado.
Noite, plangente imploro, fuja da luz do dia!
Tua doce presença aureola-me o balançar
Em lânguido espraiar, sossega meu rugido
Como ir a ti? Mergulha em mim teu brilhar!
Manito O Nato
15/10/2008