OITAVA ROSA DE DELOS
OITAVA ROSA DE DELOS
Seja-me dada uma canção amena
a flauta do cantar d’água corrente
que destila da mágoa toda a pena
que meu amor ingênito não sente.
Seja-me ouvida a cítara de alfena
arco recurvo de tua alma ausente
onde me dói essa paixão extrema
por uma rosa extrema do oriente.
Pelo amor do princípio que me fez
meus dias de rever-te sejam teus
e minhas tantas horas desditosas.
Seja-me dado ao menos uma vez
repousar no teu corpo como deus
em mortalha de pétalas de rosas.
Afonso Estebanez
(Out.13.2008)