SONETO SEM IDENTIDADE
Pode o amor nos asseverar felicidade?
Pois, somos tão divergentes e tão iguais!
Da laranja as duas partes em metade
Separadas na busca dos próprios ideais!
Fui moldada no aço da impetuosidade
Apegada aos sonhos... pouco usuais!
Tu és a fúria brusca da realidade
Ultrapassando as barreiras atemporais!
Na sordidez dos falsos valores morais
Calamos a ternura inconveniente...
Outrora tenaz... suave e envolvente
Condenada... por nossos erros capitais!
E a existência de mentiras essenciais
Soergueu a cruz desse subtrair delinqüente!