Reflexão sobre o recordar

Se não recordássemos ficaríamos loucos,
Vive-se intensamente os momentos,
Sejam eles de choro, tristeza e lamentos,
Ou, de alegrias, de risos e não poucos.

Recordar é ter os pensamentos soltos,
Aprender com os erros e os tormentos,
Seguir de encontro aos quatro ventos,
É sentir amor e a paz em ti envoltos.

Se assim não fosse, para que memória?
Viver de arrasto, totalmente absorto,
Seria melhor enterrar-me, estar morto,

Que não lembrar-me duma simples glória.
O mundo gira, sem volta, segue fulminante,
Assim recordo recitando a vida, neste instante.

 
13/10/2008 23:12 - Marúcia Herculano
Boa noite, gentil poeta! Mais um soneto primoroso e com um profundo recado! Creio que as recordações - doridas, alegres, exultantes ou inesquecíveis - devem contribuir para o processo de reflexão sobre o nosso caminhar! Não se pode ignorar o passado, pois, foi ele quem moldou exatamente o que somos hoje, para o bem ou pra o mal; para a solidão ou o compartilhar! Cada segundo vivido, embora ingresso no acervo das recordações, representa uma etapa vencida, um avanço, uma evolução! Talvez não consigamos dimensionar de imediato o que representa; mas, cedo ou tarde isso acontecerá! Adoro teus textos. Eles têm o poder de me tornar introspectiva e de vez em quando isso é necessário...rsrs... um fraterno abraço!
Geraldo Mattozo
Enviado por Geraldo Mattozo em 13/10/2008
Reeditado em 03/09/2018
Código do texto: T1225874
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