ALEGRE AMANHECER DE JUNHO
Na lança o estigma marcado.
Encontra o peito desprotegido.
Peito que em vão o amor tinha procurado,
E virou alvo por dardo ferido.
Agora respira com esforço.
Por espanto, pela tristeza, por sua dor.
Sem malhas, colete ou qualquer reforço.
Como proteção, acreditava, bastava somente o amor.
O peito observa, espantado.
Como o amor pode ser alegre ou triste.
Mas o tempo o torna renovado.
Suas feridas lhe dão mais confiança
Como criança, não se entrega, não desiste.
E o peito, com estigma marcado, a novos amores se lança.
Drakkar