O DESPERTAR DA SENSIBILIDADE
No aconchego de um abraço sou descanso
Pés nus na relva, alegria na manhã orvalhada!
No cingir me multiplico na dualidade de corpos
Tudo se faz num gesto na fantasia guardada.
Ainda que as evidências digam que não é possível,
Há um coração teimoso, ardiloso, clemente
Dizendo que sim na amplitude do aceitável.
A chama se alastra por todo o espaço premente...
Sufoca-me o desejo no entalhe da pétala no coração!
Sou arrebatada numa noite fria a céu aberto
Transborda na beleza em exaustão.
O belo é infinito e transcendente, não se apaga.
Atração, coroação acorda a mãe da madrugada
Vê-se no presente o que vai para o futuro....