MOLDURAS
Passei... como quem passa pela noite
Incólume!- me negando a sonhar
O sonho de outrora-hoje açoite!
Lembranças que só tento afastar.
Já cedo pela aurora arredia...
Que em mim se nega -às vezes- a acordar,
Já pude travestir a nostalgia
Ao ver mais uma noite clarear...
Nos sons que se espalharam na alvorada
Saudade em mim estava a piar!
Do tudo que larguei pela estrada
Dos versos!- que ainda insisto em pulsar.
Meus laços, meus abraços- e descompassos!
Molduras- prontas a me sustentar.