Soneto da Paixão

Bem como as estalactites da caverna,

De beleza e fragilidade superior.

Desenforma-se com tamanho fervor,

Beijos e carícias até então eterna.

Arrebatador como um vulcão ardendo,

Em destroços tem as magmáticas.

És aí figuras enigmáticas.

Enfeitiça o ser deixa o corpo fervendo.

Um fogo que mim consumia.

E das artérias meu sangue vazava.

O sentimento bruscamente mim possuía.

Gostava, doía e desejava.

Mas consequêntemente ao tempo esquecia.

Como um furacão logo passava.