SEGUNDA ROSA DE DELOS

SEGUNDA ROSA DE DELOS

Deixem minha alma florescer na lua

meu remoto canteiro de esperanças

ou me deixem viver num fim de rua

entre rosas baldias sem lembranças.

Saudade de horizontes me extenúa.

Procurem-me nos olhos de crianças

onde o instinto dos deuses retribua

o beijo dos extremos das distâncias.

A calma dos jardins não faz sentido

a flor calada assim não se consente

e rosa num deserto é flor proscrita.

Consinta o coração sonhar perdido

e de perder-se meu amor aumente

o tanto quanto seja a alma infinita.

Afonso Estebanez

(Set.09.2008)

Afonso Estebanez
Enviado por Afonso Estebanez em 09/10/2008
Código do texto: T1220470
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