Esquecidos

 

Andando pelas ruas eu vejo crianças

Que aos olhos da sociedade, eles não existem.

Dormindo sob marquises pobres e inocentes

Sem um cobertor pra aquecer a sua esperança.

 

Quando forem adultos e cientes de seus deveres

Alguém a eles cobrará coisas que eles não devem.

Mas a sociedade acha justo, que todos paguem.

Porque mesmo esquecidos eles são devedores

 

Não importa, se eles ontem passaram fome.

Ou se dormiram nas calçadas ou sentiram frio

Tanto faz se eles estudaram, ou como vivem.

 

Eles são apenas sobreviventes deste sistema

Frutos de uma sociedade injusta e cruel

Que contabiliza números e esquece seus filhos

 

 

Balneário dos Prazeres: 06 / 10 / 2008