Fascínio

Ao Grande Mar Redondo me rendo,
Em cujas águas tranqüilas mergulhei,
Delas retirei mariscos me provendo,
Misturas, caranguejos, siris entulhei.

O menino, na beira do mar, vi correndo,
Meu retrato, quantas areias ali espalhei!
A maria-louca faceira, ligeira, sulcando
As águas serenas, nas quais me espelhei!

De onde se olhe, do mar ou da terra,
Só vejo a beleza que em ti se encerra,
A Deus, pela riqueza, resta agradecer.

Teus ardis são tantos, como esquecer!
Aqui o homem, que um dia foi menino,
E que por ti, cidade-mar, tem fascínio!

Geraldo Mattozo
Enviado por Geraldo Mattozo em 06/10/2008
Reeditado em 09/12/2011
Código do texto: T1214141
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