RAÍZES
(Republicação)



Sou da Amazônia o agridoce fruto
Filha de desbravadores seringueiros
Não temo caminhar sobre espinheiros
Ou morrer se pelo divagar labuto!

Cunhã a desvendar os próprios enigmas
Expondo, despudorada, o pecado
Como a noite de brilho aveludado
Rompe, em favor da manhã, paradigmas!

Oferto irreverência e amplitude
Feito mata de trilha inexplorada
Propensa ao resplendor e magnitude

Somatório de tantas essências e nada!
Suave voz clamando por atitude
Na convicção de estar... à dor fadada!



Cunhã= mulher