UM VULTO DE MULHER
Um vulto de mulher sempre aparece,
do cantinho da cama no lençol,
como se fora luz, raio de sol,
renovando lembrança, que fenece.
Ao travesseiro essa lembrança aquece
brincadeiras de sonhos de crisol,
vermelhando a vertigem do arrebol,
enquanto o desencontro permanece.
O carnaval de um pierrô sozinho.
Festim de solidão no carnaval.
Roseira rude a refinar espinho.
Um vulto de mulher que, bem ou mal
faz dos meus pensamentos torvelinho,
talvez, por tempo pouco, vendaval...
Odir, de passagem domingueira
Um vulto de mulher sempre aparece,
do cantinho da cama no lençol,
como se fora luz, raio de sol,
renovando lembrança, que fenece.
Ao travesseiro essa lembrança aquece
brincadeiras de sonhos de crisol,
vermelhando a vertigem do arrebol,
enquanto o desencontro permanece.
O carnaval de um pierrô sozinho.
Festim de solidão no carnaval.
Roseira rude a refinar espinho.
Um vulto de mulher que, bem ou mal
faz dos meus pensamentos torvelinho,
talvez, por tempo pouco, vendaval...
Odir, de passagem domingueira